Palestra sobre literatura

Palestra sobre literatura

Palestra
com Alcides Villaça – professor de Literatura Brasileira da Universidade de São
Paulo

Dia
22 de Agosto de 2014

Texto
trabalhado: Noite de Almirante de Machado de Assis

Turma
Nono ano

Trecho
do conto

E,
levantando-se, abriu a rótula e fê-lo entrar. Qualquer outro homem ficaria
alvoroçado de esperanças, tão francas eram as maneiras da rapariga; podia ser
que a velha se enganasse ou mentisse; podia ser mesmo que a cantiga do mascate
estivesse acabada. Tudo isso lhe passou pela cabeça, sem a forma precisa do
raciocínio ou da reflexão, mas em tumulto e rápido. Genoveva deixou a porta
aberta, fê-lo sentar-se, pediu-lhe notícias da viagem e achou-o mais gordo;
nenhuma comoção nem intimidade. Deolindo perdeu a última esperança. Em falta de
faca, bastavam-lhe as mãos para estrangular Genoveva, que era um pedacinho de
gente, e durante os primeiros minutos não pensou em outra coisa.


Sei tudo, disse ele.


Quem lhe contou?

Deolindo
levantou os ombros.


Fosse quem fosse, tornou ela, disseram-lhe que eu gostava muito de um moço?


Disseram.


Disseram a verdade.

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