3º ano construindo uma mandala de corpos

Mandala de corpos

percebendo as proporções, semelhanças e
diferenças

O objeto disparador lança nosso trabalho como flecha no
horizonte e saímos correndo atrás, em busca de perguntas, novos caminhos, um
jeito diferente de conhecer o mundo, suas coisas e pessoas. O estudo da
simetria começou com o caleidoscópio e se bifurcou por “ruas e avenidas” do
nosso tempo escolar.

Uma opção desse
trabalho foi explorar a simetria que há em nosso corpo, aproveitando os
desenhos (representações humanas) que as crianças de 8 e 9 anos fazem. Algumas
já tentam ser fiéis aos detalhes, garantindo todas as partes do corpo, mas
outras ainda utilizam “homens palitos”.

Iniciamos
com uma conversa sobre as partes do corpo e a distribuição harmoniosa de cada
uma delas. Traçamos uma linha imaginária que cortava, da cabeça ao final do
tronco, e as crianças comentavam: cada braço de um lado, olhos, orelhas, pés
também; cinco dedos da mão de um lado e outros cinco do outro, da mesma forma
que os dedos do pé. E o que temos unitariamente (como nariz, boca, etc.),
ficaria cortado ao meio pela linha que imaginamos.

Em duplas,
as crianças se desenharam em tamanho real, na tentativa de buscar um contorno
próximo ao exato. Foi difícil conseguir! Depois fizeram o contorno com
canetinha grossa e recortaram.

O próximo passo seria pintar esse corpo, mas… como
chegaríamos a cor da pele de cada um? Para isso usamos tinta guache nas cores
azul, vermelho, branco, preto e amarelo. Tivemos uma longa conversa: “que
mistura faremos para pintar a nossa cor?”. Percebemos que em nosso grupo há
diversas tonalidades e que, chegar ao tom perfeito de cada um, não seria nada
fácil. Então, as crianças misturaram as tintas e chegaram aos tons de pele mais
rosados e foram conferindo quem tinha aquele tom (pintaram manchas nas mãos).
Depois, misturaram tons mais voltados para o marrom e acrescentavam branco
quando necessário. Dessa forma, cada um foi buscando a sua cor e pintando seu
corpo.

Os corpos ficaram em um grande varal e aquela imagem incomodou
um pouco alguns alunos. Até disseram que nossa sala estava parecendo um
açougue! E ali eles secaram e esperaram a próxima etapa do trabalho…

… que foi desenhar o rosto usando o espelho para ajudá-los
a compor os detalhes. As crianças também desenharam e pintaram suas roupas,
sapatos e outros detalhes que achassem interessantes. E novamente esses corpos
descansaram e secaram nos varais.

E agora, o que faríamos com todas essas representações? Oras,
uma mandala! A turma já havia feito um trabalho com a professora Andrea de Ed.
Física (mandalas humanas), porém utilizaram seus próprios corpos. Saímos à procura
de um espaço possível para colar essa grande exposição humana.

Chegou o dia de compor a nossa mandala e fizemos uma roda
especial para levantar os critérios de organização dos corpos no desenho
circular. Aproveitamos o assunto das medidas do jardim mandala[1] e
preenchemos uma tabela com a altura de cada criança (em metros e centímetros).
Depois, organizamos nossos dados da menor para a maior altura. Já no espaço
onde seriam expostas as mandalas, os alunos retomaram a conversa da roda e
elegeram uma composição simétrica, fazendo equivalências das medidas das
alturas, aproximando e combinando as informações.


[1]
As crianças do 3º ano estão construindo um jardim de flores em forma de
mandala.

Tudo organizado! Só faltava encher esses corpos de fita
adesiva e colar em nossa parede amarela! Depois de pronto, era só posar para
foto e apreciar esse longo, mas muito bonito, trabalho.

Professora: Lívia
Pinheiro

Professora
Auxiliar: Natali Naiara

Coordenação Lucy
Ramos

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