A CARTA, O CARTEIRO E OS “ESCREVEDORES”*
Volta às aulas… e a escola do sítio
sempre prepara um dia especial!
Desta vez foi a apresentação do tema deste
ano com a dramatização feita pelos próprios professores. um “teatrinho” que
iniciava com uma pessoa sentada à mesa, escrevendo à mão uma looonga carta e
depois levando-a até a caixa de correio.
Então entra em cena um simpático carteiro
que leva a correspondência até uma outra pessoa, que recebe, lê e
responde…desta vez utilizando uma máquina de escrever , em seguida coloca-a
no envelope e também leva até a caixa de correio…
A esta altura a atenção e curiosidade dos
pequenos já havia sido capturada e iniciam os comentários entre os alunos
”Olha, uma ‘casinha’ de correio”…
“O carteiro está levando”…
“Eu queria ser o carteiro!”
Observando a máquina de escrever… “Também
queria escrever uma carta, ia ser pra minha mãe!”…
E uma cadeia de desejos de escrita de
carta, de mexer na máquina de escrever de perto, de ser o carteiro…
Dia seguinte, através dos comentários na
roda, surge a ideia de cada um “escrever” uma carta para alguém que
escolhesse… a maioria escolheu o pai, a mãe, o irmão, mas também teve criança
que escolheu escrever para a prima ou o amigo que mora longe…
E então tinhamos na sala muitos
“escrevedores”.
Num outro dia, exploramos a máquina de
escrever que foi utilizada na cena da apresentação e que causou tanta
curiosidade…
Assim que abrimos a maleta na roda, surgiu
uma pergunta de algum dos olhares curiosos…
“Onde liga (interrrogação)” …pois é, não liga!
Então tiramos a tampa e vimos juntos que
apertando forte na tecla, uma espécie de carimbinho da letra acertava uma fita
e registrava no papel a escrita. Uau! E todos puderam datilografar na máquina,
a qual foi carinhosamente emprestada pela professora Janaína (2º ano) e sua
filha Nina (1º ano).
As crianças do Jardim I por meio das cartas
e da tecnologia puderam experimentar de verdade o tema deste ano na escola: a Comunicação!
Professora Mirian
Coordenadora, Lucy Ramos
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*Escrevedores é como a
escritora Ana Maria Machado chamou as pessoas que escreviam as cartas para
outras que não sabiam ler e escrever no livro “de carta em carta”, que a
coordenadora Lucy Ramos emprestou para ser lido para a turma.
